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PROGRAMA 5
CONTATOS
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PROGRAMA 5 - CONTATOS

PROGRAMA 5 - CONTATOS

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O encontro com a natureza, o mergulho na radicalidade de outras temporalidades, o desejo de se integrar ao ambiente e a abertura a um devir-animal que, irrecusável, vai se tornando mais forte que o próprio corpo, são as principais linhas de força deste programa. "Cuando el corpo silencia II" (2008), ainda da primeira fase de trabalhos de Marcus, já antecipa esse desejo de deixar-se guiar pelo intuitivo, pelo que não se reduz à palavra ou aos signos já conhecidos - visto em retrospectiva, parece soar como um rito iniciático. "Contato" (2009), trabalho que se desdobrou nos suportes fotográfico e videográfico, inaugura esse conjunto de interações animalescas, ora pela via do lúdico ("Untitled", 2011), ora pelo encantamento, numa chave mais selvagem ("Landscape", 2011). A experiência vivida em Terra Una, durante o V:: E:: R - Encontro de Arte Viva, realizado em janeiro de 2011, traduz-se aqui numa reconfiguração do rosto como máscara, elementos que constantemente surgem no conjunto de obras de Marcus Vinícius. "Força Bruta (ou Busca exaustiva)" (2011), propõe um novo rosto fragmentário, obtido daquilo que a própria natureza pode fornecer a um corpo que pulsa na mesma vibração das matas. Aqui, não cabe mais o de "nenhuma pessoa", como na série "Ninguém", mas sim uma face própria, epifanicamente revelada, híbrida de humana e não-humana. É esse rosto que irá contemplar outros rostos, cúmplices dessa metamorfose, parceiros de toda a vida, em "Tudo o que eu vi" (2011). E um novo corpo, sem órgãos, cuja clarividência lhe permite enxergar além do turvo e do oblíquo, apto a explorar o impensado do corpo, que se apresenta em "Fragmentos de pequeños pensamientos" (2011).

FICHAS TÉCNICAS DOS VÍDEOS E SINOPSES

Cuando el cuerpo silencia [Sarajevo]

Marcus Vinícius

2008

3’

Imagens: Natalie Ríos

Sinopse: “(...) um estado de alma tão particular que o devaneio coloca o sonhador fora do mundo próximo, diante de um mundo que traz o signo do infinito.” (Gaston Bachelard) 

Link: https://www.youtube.com/watch?v=sm3kRdhsfIk 

 

Contato

Marcus Vinícius

2009

2’

Sinopse: Os animais se deslocavam calmamente, estando desde muito cedo naquele sol de inverno. E cada um trouxe sua beleza. Pude vê-los bem de perto, movendo-se pela vegetação. Um passeio tranquilo. Alguns o faziam a intervalos cada vez mais lentos, enquanto os primeiros deles comiam milho a meu lado. Habitávamos o mesmo espaço. (...) A busca do contato com a totalidade, com a natureza – uma natureza idealizada – está sempre presente em minha obra, tanto nas performances quanto no registro fotográfico. 

Link: https://www.youtube.com/watch?v=gsFOM8hJZ0A 

 

Untitled

Marcus Vinícius

2011/2016

5’

Edição e Finalização (2016): Waldir Segundo

Sinopse: Um dia de primavera nos campos argentinos. Um rebanho que se move tranquilamente pela vegetação.

Link: https://www.youtube.com/watch?v=9iRCxR7B4Zo 

 

Força bruta (ou Busca exaustiva)

Marcus Vinícius

2011/2024

12’

Imagens: Vitor Butkus 

Edição (2019): Carol Covre 

Finalização (2024): Waldir Segundo

Sinopse: Ação realizada durante a residência artística realizada durante o V:: E:: R - Encontro de Arte Viva em janeiro de 2011 

Link: https://www.youtube.com/watch?v=6D98aPXrY2Y 

 

Tudo o que eu vi

Marcus Vinícius

2011

12’

Sinopse: Tudo o que eu vi. Corpos, infinitos desejos e anseios. Olhares e palavras mudas. Afetos, carinhos e amor. tudo, para toda uma vida. Ao longe se escutam inúmeros cantos de pássaros, além do ruído do rio que corre em busca de outros caminhos. Águas que levaram o suor e o calor de nossos corpos. E que levam o sabor de estar lá, em harmonia. Estamos vivos. Gratidão. 

Link: https://www.youtube.com/watch?v=7n8lQGE6b0s 

 

Fragmentos de pequeños pensamientos

Marcus Vinícus 

2011/2024

16’

Câmera - Andrés García 

Edição (2019) - Carol Covre 

Finalização (2024) - Waldir Segundo 

Sinopse: Regresso. E existe uma nostalgia de não só ordenar o pensável, mas também de pensar o vivido e viver o pensado. Quero viver a presença do real, não sua representação. Tudo é devir. Movimentos sem concessões. Repito com novos brios a experiência: esse estranho fluir da vida que nasce no centro – vazio misterioso que não pode ser detido por minha escritura. Ruído. Aqui, tudo é oblíquo, tudo é turvo. O caminho paradoxal daquilo que se encontra sem buscar se confirma na performance Fragmentos de pequenos pensamentos, na qual revelo o animal que vive, “o animal inteligente que procura, mas não busca a procura”, como disse Antonin Artaud. O animal humano que vive é o que pressente o espaço. O espaço onde opera o infinito. E a experiência desse poder desmedido e inesgotável necessita de outro corpo. Com perspicácia e obsessão, um corpo sem órgãos. Uma intuição acerca de outra corporalidade, que é também outra experiência de ser, aquela pensada por Foucault ou Deleuze. Meu dizer é unicamente motivo de assombro e divertimento; ou, lógico, de indiferença. Não se escuta meu chamado à transformação. Não se escuta essa voz sibilina, nem esse corpo reinventado, sem órgãos. E que baixa entre muitos turbilhões. Não termina de ser. 

Link: https://www.youtube.com/watch?v=ViUp0Nu0M8k 

 

Landscape 

Marcus Vinícius

2011

5’

Sinopse: Um campo de milho no sul da França. Um corpo que explora o espaço ao redor. A experiência física de estar (corpo e espaço, corpo e ação, corpo e identidade) que nos conduz a esta paisagem em ritmo lento, a construção de uma linguagem poética de imagens, gestos e espaços que convidam o público a um diálogo silencioso. 

Link: https://www.youtube.com/watch?v=WaxyTpsG0OM 

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